NOTÍCIA | NOVOS MERCADOS

Demanda europeia e abertura do mercado chinês devem incentivar plantio de soja convencional nos próximos anos

Entretanto, área de plantio na próxima safra deve cair e ocupar 2,3% do total nacional. Em MT, a área deve ser de 6%

Por: Ascom - Soja Livre
Publicado em 26 de Outubro de 2020 , 08h04 - Atualizado 26 de Outubro de 2020 as 08h10


Reprodução

A safra de soja convencional 2020/2021 no Brasil deve ocupar 2,3% do total da área plantada com a oleaginosa, em Mato Grosso chegará a 6%. Os prêmios devem ser remuneradores para o produtor rural, pois não há mais produto para a venda. Porém, ainda há insegurança dos agricultores por causa da variação dos prêmios a cada safra.  

O Instituto Soja Livre (ISL) trabalha junto aos compradores no convencimento sobre a importância de um contrato bianual que garanta remuneração ao agricultor e o produto para o consumidor, que na maioria são países europeus.  

No último ciclo, foram 5 milhões de toneladas de soja convencional de um total de 120 milhões de toneladas. De acordo com o diretor de Relações Internacionais do Instituto Soja Livre (ISL), Ricardo Arioli, as variedades convencionais já representaram 22% do total da área na safra 2014/2015.  

“Essa queda é reflexo da falta de interesse do produtor rural. O problema é a falta de um contrato antecipado pelo prêmio a esta soja. A (soja) convencional é vendida para o mercado europeu e é um nicho, por isso precisa de um bônus e ele varia muito. Se os produtores plantam e na hora de vender a soja não tem um prêmio remunerador – mais ou menos 2 ou 3 dólares por saca, desestimula”, aponta Arioli.  

O diretor frisa que a situação atinge toda a cadeia da soja convencional, como o sementeiro, que não vende o produtor e não investe em produção de novas variedades, por exemplo.  

Entretanto, há a expectativa de abertura do mercado da China para a soja convencional. “Lá, a soja não transgênica é usada para consumo humano, algo entre 12 a 15 milhões de toneladas. O consumo interno aumenta rapidamente e, em breve, será um grande cliente”, diz Arioli.  

O receio é a tolerância zero para a contaminação com soja transgênica, que outros mercados permitem entre 0,5% ou 1%. “Teríamos que negociar com os compradores para que o produto saia do Brasil com todos os testes feitos e não corra o risco de devolução. Existem várias formas de exportação, temos instrumentos e ferramentas para consolidar este mercado nos próximos anos”, avalia.  

Mato Grosso novamente deve ser o destaque na produção da soja convencional. O share do Estado é de 53%, enquanto Paraná responde por 18%, Goiás por 10%, Mato Grosso do Sul por 7% e os demais estados 13%. O diretor do ISL acredita que há espaço para crescimento.  

“Estamos tentando melhorar essa comunicação com a Europa dizendo que eles não precisam pagar muito caro pelo prêmio, como acontecerá no ano que vem, desde que haja um contrato remunerador. O mercado de (soja) convencional é uma ferramenta poderosa na mão dos produtores também para controlar o preço dos royalties das variedades transgênicas. Há variedades convencionais muito produtivas, por isso o agricultor precisa, além de ter a opção do que plantar, ter o prêmio para incentivar”, finaliza Arioli.  

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