Riva ficará 2 anos em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira
Tudo será acompanhado pelo advogado Almino Afonso Fernandes, responsável pela defesa de José Riva.
A partir do dia 5 de outubro, o ex-deputado José Riva que comandou a Assembleia Legislativa por mais de duas décadas e chefiou vários esquemas de corrupção, com desvios milionários de dinheiro público, dará início ao cumprimento de sua pena e ficará em prisão domiciliar, por dois anos, monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Em audiência realizada pelo desembargador Marcos Machado, que homologou a delação premiada do político, em fevereiro deste ano, ficou decidido o regime diferenciado. Depois, Riva cumprirá um período em regime semiaberto, quando poderá sair de casa durante o dia e se recolher no período noturno.
A audiência conduzida por Marcos Machado para definir o início do cumprimento da pena, foi realizada na manhã da última sexta-feira (4), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Em sua delação, contendo 57 anexos com documentos físicos, o ex-deputado detalhou que, durante os 20 anos que atuou como deputado (1995-2014), houve pagamentos de propina para 38 deputados com o objetivo de apoiarem o governo do Estado totalizando R$ 175,7 milhões.
Ele confirmou ainda a prática de esquemas de compra de votos para a Mesa Diretora, compra de apoio da governabilidade e de cadeira no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE).
O compartilhamento dos anexos terá a participação dos procuradores de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE): Ana Cristina Bardusco Silva e Domingos Sávio de Barros Arruda, e também dos promotores de Justiça, Arnaldo Justino da Silva, Clóvis de Almeida Junior e Roberto Aparecido Turim.
Tudo será acompanhado pelo advogado Almino Afonso Fernandes, responsável pela defesa de José Riva.
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