NOTÍCIA | BOLÍVIA

Estudantes de MT não conseguem deixar a Bolívia.

As manifestações evoluíram para conflitos que resultaram em greve geral com restrição da circulação nas ruas. As cidades de Cochabamba e La Paz são os alvos principais dos movimentos.

Por: Gazeta Digital/Aline Almeida
Publicado em 13 de Novembro de 2019 , 14h35 - Atualizado 13 de Novembro de 2019 as 14h45


Reprodução/Gazeta Digital

Mercados que raramente abrem, falta de água e de remédios, são algumas das situações vivenciadas por mato-grossenses na Bolívia. Jovens que procuraram o país vizinho para cursar Medicina relatam momentos de desespero e confirmam que estão impedidos de deixar o país vizinho.

 

A Bolívia, que faz fronteira com Mato Grosso, vive uma onda de protestos que iniciou logo após as eleições presidenciais em 20 outubro, quando Evo Morales foi reeleito. As manifestações evoluíram para conflitos que resultaram em greve geral com restrição da circulação nas ruas. As cidades de Cochabamba e La Paz são os alvos principais dos movimentos. Desde então, vários brasileiros que estudam e residem na Bolívia têm tentado deixar o país, sem sucesso. No dia 10, Morales, que estava no poder desde 2006, anunciou a renúncia. Mas os protestos continuam.

 

Moradora de Porto Esperidião (326 km ao oeste de Cuiabá), Rosana, nome fictício, está na Bolívia desde 2014. Ela conta que cursa Medicina em uma faculdade em Santa Cruz de La Sierra e que os protestos fizeram com que as universidades fechassem as portas. Muitos professores estão tentando terminar o ano letivo com aulas online.

 

“Para quem consegue trocar dinheiro e comprar comida, ainda está tudo bem. Mas há pessoas que já não estão conseguindo se manter. O gás de cozinha, que antes pagávamos 30 bolivianos, hoje o mais barato está 80. Os hospitais estão atendendo somente urgência e emergência e não tem forma de sairmos daqui, as ruas estão todas bloqueadas”, diz.

 

E.R.S, 26, é morador de Cáceres (225 km ao oeste de Cuiabá) e também escolheu o país vizinho para formação superior. Ele estuda em uma universidade em Cochabamba e afirma que as ameaças são constantes. E.R. cita casos de veículos queimados, casas invadidas e mercados saqueados. Os manifestantes também estão impedindo a entrada de alimentos e provocando desabastecimento das cidades. “Só consegue sair quem já tinha passagem de avião comprada e os valores foram absurdos. Aqui a gente nem está dormindo direito com medo dos ataques. A insegurança é total”, frisa

 

Uma página foi criada no Facebook com o nome “Segurança dos Estudantes Brasileiros na Bolívia”. Nela são passadas informações do atual cenário do país e orientações aos estudantes. O grupo ainda busca reunir estudantes brasileiros na Bolívia na tentativa de sair do país. O objetivo, segundo moderador da página, é fazer um abaixo assinado para instruir um pedido ao Consulado Brasileiro e ao Ministério das Relações Exteriores, para que sejam colocados em segurança no Brasil, por avião oficial. Além de garantir o retorno após o término da instabilidade social.

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