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"Esse assassino é filho do capeta; não tem coração”, desabafa pai


O empresário Joel Jesuíno da Maia, pai do engenheiro agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, que foi assassinado na segunda-feira (18) em Porto dos Gaúchos (651 km de Cuiabá), está incrédulo com a brutalidade do crime e inconformado com a perda do filho.

 

O engenheiro, de 33 anos, foi morto com seis tiros no pescoço e na cabeça depois de cobrar uma dívida de um produtor rural, com quem comercializava defensivos agrícolas.

 

De acordo com o pai, Silas trabalharia apenas mais uma semana na região de Porto dos Gaúchos e preparava outro funcionário para assumir o local. Ele também estava noivo e tinha acabado de construir sua casa em Sinop, onde morava há 7 anos.

 

“Esse assassino é filho do capeta. Matar uma pessoa que está trabalhando, uma pessoa honesta, trabalhadora. Matar de covardia. O cara acha que as pessoas não têm família?”, disse o pai, revoltado.

 

Segundo ele, foi um choque para todos os amigos e familiares, que são de Paranaíba (MS), receberem a notícia da morte de Silas. Joel possui uma distribuidora de doces há 26 anos e é muito conhecido no Município.

 

“Nossa cidade tem 50 mil habitantes e está todo mundo revoltado, todo mundo o conhecia. A cidade está em choque”, relatou.

 

Joel ainda conta que sua esposa Natalina, de 59 anos, é a que mais está sofrendo com a morte. De acordo com ele, a pressão arterial da mulher está alterada e sobe a todo o momento.

 

O pai ainda pede por Justiça para o filho. Ele diz que o assassino precisa ser preso o quanto antes.

 

“Tem que ter Justiça. Uma pessoa de 60 e poucos anos fazer uma coisa dessas. Um homem desses não tem coração, não tem filho”, afirmou, referindo-se ao principal suspeito pelo assassinado.

 

Questionado, Joel disse que o filho não tinha envolvimento com a criminalidade e nem tampouco sofria ameaças.

 

Ainda conforme o pai, o corpo do engenheiro saiu do Instituto Médico Legal (IML) de Juína na manhã desta terça-feira e está a caminho de Paranaíba.

 

“Está uma comoção enorme. O corpo dele não chegou até agora. Está todo mundo aqui da cidade esperando e não sabe nem que horas vai chegar”, afirmou Maia.

 

“Tinha uma vida pela frente”

 

Acervo Pessoal

engenheiro assassinado

O empresário Joel Jesuíno da Maia e sua esposa Natalina Palmieri Maia

 

Silas se mudou para Sinop há 7 anos para trabalhar. Inicialmente, ele foi contratado por uma empresa, porém não gostou e no mesmo ano começou a trabalhar na empresa Agroinsumos, onde construiu sua carreira.

 

O pai revelou que esta seria a última semana do engenheiro atendendo a região de Porto de Gaúchos. Ele estava treinando outro funcionário para assumir a localidade.

 

“Ele [Silas] se formou e disse: ‘Pai, eu vou procurar uma cidade para o meu futuro’. E Sinop era o futuro dele”, contou.

 

Maia também revelou que o filho havia acabado de construir sua casa e estava noivo, com casamento marcado para o final deste ano.

 

“Ele tinha acabado de fazer a casinha dele, mudou em janeiro. Meu outro filho foi para lá para ajudá-lo. Estava na maior felicidade”.

 

De acordo com Joel, o engenheiro sempre foi uma pessoa extrovertida e de muitos amigos. Ele sempre andou no caminho certo, segundo o pai.

 

“Onde ele estava só tinha alegria. Ele não se envolvia em nada errado, só amizade boa mesmo. Não que eu esteja vangloriando o meu filho, mas toda a vida ele procurou as melhores amizades”, afirmou Joel.

 

O crime

 

Silas foi assassinado com seis tiros na região da cabeça enquanto almoçava em uma lanchonete, em Novo Paraíso, distrito a 25 km de Porto dos Gaúchos. 

 

Segundo o delegado Carlos Henrique Engelmann, o engenheiro teria ido até o local para resolver uma desavença comercial em nome da empresa.

 

O suspeito, que é produtor rural, deveria ter entregado parte da colheita de soja para a Agroinsumos como parte de pagamento de um serviço.

 

No entanto, o acusado teria desviado três cargas de soja, mas foi descoberto pelo engenheiro.

 

A Polícia Civil ainda aguarda o agricultor se entregar. Porém o delegado afirmou que um vídeo de uma câmera de segurança comprova a “materialidade do crime”, pois o homem aparece executando o engenheiro.





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