NOTÍCIA | 3D NO CAMPO

Impressão 3D no agronegócio: inovação sob medida que ganha terreno no campo

Os ganhos, dizem especialistas, vão muito além da economia financeira

Por: Carlos César Floriano - CEO do grupo VMX
Publicado em 08 de Maio de 2025 , 09h06 - Atualizado 08 de Maio de 2025 as 09h09


Reprodução grupo VMX

Longe dos holofotes das grandes feiras tecnológicas, uma transformação silenciosa começa a moldar o futuro da agropecuária: a adoção da impressão 3D por produtores rurais. Essa tecnologia, que já é amplamente utilizada em setores como saúde e indústria automotiva, está agora sendo aplicada para fabricar, com agilidade e baixo custo, ferramentas e peças essenciais para o dia a dia no campo. Em uma era marcada pela necessidade de inovação constante, a adoção da manufatura aditiva surge como um divisor de águas para um setor historicamente moldado pela tradição”, diz Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.

Embora ainda pouco difundida entre os pequenos produtores, a impressão 3D vem ganhando espaço em propriedades que buscam aumentar sua eficiência operacional. 

Com uma impressora 3D e acesso a projetos digitais — que podem ser criados sob medida ou encontrados em bibliotecas abertas — é possível produzir peças de reposição para máquinas, desenvolver ferramentas específicas para determinado tipo de cultivo ou mesmo criar soluções inéditas para sistemas de irrigação, confinamento animal e logística interna. 

Os ganhos, dizem especialistas, vão muito além da economia financeira

“O produtor que investe em impressão 3D está comprando autonomia e agilidade. É como ter uma mini fábrica na fazenda”, afirma Carlos César Floriano. A adoção da tecnologia representa um passo natural em direção ao futuro do setor, cada vez mais conectado, inteligente e resiliente.

A principal vantagem da prototipagem rápida é a possibilidade de testar ideias sem os altos custos associados à fabricação tradicional. 

Projetos que antes exigiam moldes industriais e prazos longos podem agora ser impressos em poucas horas e ajustados conforme a necessidade do produtor. 

Um bico de irrigação personalizado para um terreno de relevo irregular, uma peça de adaptação para acoplar implementos agrícolas a tratores de diferentes modelos ou um suporte específico para sensores climáticos são somente alguns dos exemplos de soluções viáveis com impressoras 3D.

Sobretudo em regiões mais afastadas dos grandes centros, onde o acesso a peças de reposição pode levar dias ou até semanas, a impressão local se mostra não apenas conveniente, mas estratégica. 

“A impressão 3D elimina o tempo perdido com logística e permite que o produtor continue trabalhando sem interrupções”, destaca Carlos César Floriano

Em tempos em que cada dia de produção pode impactar a rentabilidade da safra, evitar paradas imprevistas é uma vantagem significativa.

Ainda assim, os desafios para a popularização da tecnologia no campo são reais. O custo inicial das impressoras, embora venha caindo, e a necessidade de familiaridade com softwares de modelagem 3D são barreiras que exigem políticas públicas, capacitação técnica e um ecossistema de apoio. 

Iniciativas como oficinas de prototipagem em cooperativas, cursos oferecidos por universidades federais e projetos-piloto em parceria com startups têm buscado reduzir esse abismo e levar a manufatura aditiva para além das grandes propriedades e centros de pesquisa.

“A inovação na agropecuária não virá apenas das grandes máquinas, mas da inteligência aplicada à simplicidade”, pontua Carlos César Floriano

Não se trata apenas de modernizar a produção, mas de democratizar o acesso à tecnologia. Em vez de depender de grandes fornecedores para soluções genéricas, o pequeno produtor pode, com um investimento modesto, desenvolver ferramentas que atendam especificamente ao seu modelo de produção, clima, tipo de solo e perfil de operação. 

A personalização, que antes era privilégio de poucos, agora está ao alcance de quem tem vontade de aprender e ousar.

Carlos César Florianotecnologia é uma aliada ao conhecimento no campo

Mais do que uma tendência passageira, a impressão 3D se firma como um recurso capaz de mudar a lógica de produção, manutenção e inovação no campo. 

Seu potencial está justamente em permitir que soluções técnicas surjam de quem mais conhece a terra: o próprio agricultor. E nesse ponto, a tecnologia não substitui o saber do campo, mas o amplifica.

Conforme a conectividade rural melhora e o acesso à informação se torna mais democrático, a expectativa é que o uso da impressão 3D cresça exponencialmente nos próximos anos. 

Com isso, não apenas as fazendas se tornam mais eficientes, mas o país inteiro dá um passo em direção a uma agropecuária mais autônoma, sustentável e tecnicamente preparada para os desafios do futuro. 

“A verdadeira revolução do agro não está nas grandes máquinas, mas nas pequenas soluções que mudam o dia a dia de quem vive da terra.” explica Carlos César Floriano.

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