NOTÍCIA | REMINERALIZADORES

Projeto da Metamat utiliza rejeitos de mineração como insumos para fortalecer a agricultura em Mato Grosso

Os remineralizadores são ricos em nutrientes como potássio, fosfato, cálcio e magnésio, que beneficiam tanto o solo quanto o desenvolvimento das plantas

Por: Débora Siqueira | Sedec-MT
Publicado em 07 de Novembro de 2024 , 08h31 - Atualizado 07 de Novembro de 2024 as 08h34


Resíduos de minérios são alternativas aos fertilizantes e podem ser utilizados na agricultura - Foto por: Divulgação

Em uma iniciativa pioneira que une sustentabilidade e inovação, a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) trabalha no projeto piloto Remim (Remineralizadores de Solo de Mato Grosso). Este projeto visa promover o uso sustentável de rejeitos minerais, transformando-os em insumos agrícolas, e está sendo implementado em três regiões estratégicas do estado: Guarantã do Norte, Tangará da Serra e Juara.

Cada uma dessas regiões foi escolhida por suas características agrícolas únicas, permitindo que o projeto se adapte às necessidades locais. 

Em Guarantã do Norte, a Metamat estabeleceu parceria com um produtor local que disponibilizou 10 hectares para os primeiros experimentos com remineralizadores, e o projeto conta também com o apoio técnico do Sindicato Rural de Matupá, que auxiliará na adaptação das práticas para culturas como uva, melão e melancia, voltadas à agricultura familiar.

O coordenador do escritório da Metamat em Guarantã do Norte, Humberto Paiva, disse que o Projeto Remin se destaca como uma resposta estratégica para reduzir a dependência de insumos importados na produção agrícola do Estado, aproveitando materiais locais de alto valor.

"Os remineralizadores são produzidos a partir do rejeito de mineração – como os resíduos da extração de ouro – que passam por um processo de britagem para se tornarem pó e, em seguida, serem aplicados como fertilizantes no solo. Esse rejeito contém xisto, um material mineral rico em nutrientes essenciais, como potássio, fosfato, cálcio e magnésio, que, após processado, beneficia tanto o solo quanto o desenvolvimento das plantas", explicou.

O projeto já mostra resultados preliminares interessantes com base na análise química de uma rocha, que será estudada de forma mais aprofundada. Os avanços serão apresentados na 2ª Expominério, que ocorrerá de 7 a 9 de novembro no Centro de Eventos do Pantanal. Este evento será uma vitrine para os benefícios dos remineralizadores, demonstrando o impacto positivo na produtividade agrícola.

Para o presidente da Metamat, Juliano Jorge, o Projeto Remin também ajuda a consolidar Mato Grosso como referência no setor mineral e na agricultura sustentável.

“O esforço do Estado reforça a segurança jurídica e a sustentabilidade como atrativos de investimento. Além dos remineralizadores, continuamos a explorar a diversidade mineral do estado, como rochas ornamentais e gemas, criando novas oportunidades econômicas. O Projeto Remim representará um passo significativo para a integração de práticas sustentáveis na agricultura de Mato Grosso, utilizando recursos locais para impulsionar o desenvolvimento econômico e ambiental, com o apoio de parceiros locais, o projeto promete transformar a paisagem agrícola do estado, promovendo um futuro mais verde e próspero”.

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