Entidades se unem para uma série de atividades na Semana da Mulher em Juara.
Será uma semana com vários eventos para chamara a atenção para a violência contra a mulher
Não é ACIDENTE! 223 é o número de mulheres que não se calaram nos últimos oito meses em Juara-MT. Violência contra a mulher, denuncie você também.
Com estas palavras a Câmara Municipal de Juara, através das vereadoras Marta Dalpiaz e Ulliane Macarena, em parceria com a Secretaria de Assistência Social e Diversidade Cultural, Ministério Público, Defensoria Pública, Policias Civil e Militar, OAB e Secretaria Municipal de Saúde, dão início a uma série de atividades alusivas a Semana da Mulher em Juara.
Na segunda-feira – 05/03 – Jardim América e entorno, no Galpão, as 08h00, café da manhã e atividades, as 09h30, Palestra com o ginecologista, João Francisco;
Na terça-feira – 06/03 – Jardim Califórnia e entorno, no salão de festas da igreja, as 08h00, café da manhã e atividades, as 009h30, palestra com a enfermeira, Marilza Viana;
Na quarta-feira – 07/03 – Parque Alvorada e entorno, no ginásio de esportes, as 08h00 atividades, as 09h30, palestra com o ginecologista, João Francisco;
Na quinta-feira – 08/03 – Centro de Eventos João Paulo II, as 07h30, caminhada na Av. Rio Arinos, 08h30, café da manhã e atividades, as 09h30, palestra com a enfermeira, Marilza Viana, das 13h00 as 17h00, atividades com o Clube da Terceira Idade ‘Viva a Vida’;
Na sexta-feira – 09/03 – Jardim Paranaguá e entorno, as 08h00, café da manhã e atividades, no salão de festas da igreja, as 09h30, palestra com o ginecologista, João Francisco.
Em 2018, o 8 de março – Dia Internacional da Mulher - ocorre em meio a um movimento global sem precedentes por direitos, igualdade e justiça. Nesses últimos anos, o assédio sexual e moral, violência e discriminação contra as mulheres capturaram as atenções e o discurso público, com crescente determinação em favor da mudança. Neste sentido, pessoas do mundo todo tem se mobilizado por um futuro mais igualitário, por meio de protestos e campanhas globais de valorização feminina.
Ainda que o Dia Internacional da Mulher seja sempre uma oportunidade para lembrar a necessidade de transformação dessas intenções em medidas concretas para a igualdade e consequentemente para o empoderamento das mulheres, é preciso ter em mente como prioridade o tratamento sobre as questões básicas daquilo que contribui para esse cenário, e que co¬la¬bo¬ram pa¬ra o al¬to ín¬di¬ce do cri¬me de fe¬mi¬ni¬cí¬dio.
Mais do que física, a violência abrange abusos sexuais, psicológicos, morais e patrimoniais entre vítima e agressor – que não precisa, necessariamente, ser cônjuge, bastando que tenha algum tipo de relação afetiva.
Muitas de nossas diretrizes ainda são consequências de um caráter cultural ultrapassado, mantendo raízes que reforçavam a violência de gênero, a força masculina e a hierarquia patriarcal conservadora.
Ou seja, é necessário que se estabeleça de fato, uma ‘luta’ contra essa cultura, que tra¬ta a mu¬lher de forma equivocada, incluindo um incremento nos in¬ves¬ti¬men¬tos e po¬lí¬ti¬cas públicas além de atualizações nas atuais leis protetivas à mulher, incluindo a disseminação de Leis e Projetos de Leis que visam o tratamento desses agressores e a diminuição ou o extermínio dos casos de reincidência da prática desses tipos de crimes.
Dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde o feminicídio no Brasil é de 4,8 para 100 mil mulheres. O Mapa da Violência mostrou que o número de assassinatos de mulheres negras ou pardas cresceu 54% nos últimos anos. O mapa traz ainda a informação de que o número de estupros ultrapassa 500 mil por ano; e nos casos de assassinatos, 55,3% foram cometidos no ambiente doméstico, sendo 33,2% dos assassinatos, cometidos por parceiros ou ex-parceiros.
Mesmo com a promoção de diversas campanhas o que vivemos em nosso país, ainda são números muito significativos de violência, e de reincidência, que ainda mantém o Brasil na quinta posição entre os mais violentos contra o sexo feminino no mundo.
Precisamos de uma melhor estrutura de cumprimento para atender de maneira mais abrangente e eficaz à mulher, de forma que ela se sinta mais segura em denunciar a violência e ter bons motivos para comemorar.
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