NOTÍCIA | FUSÃO

FUSÃO PSL & DEM: Novo partido será o maior de Mato Grosso

O novo partido também seria o único com congressistas na Câmara e Senado. Na primeira, com Barbudo, e no outro, com Jayme Campos.

Por: Eduardo Gomes, Diário de Cuiabá
Publicado em 27 de Setembro de 2021 , 08h26 - Atualizado 27 de Setembro de 2021 as 08h32


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A anunciada fusão do DEM com o PSL resultaria no maior partido de Mato Grosso, com o governador, um senador, um deputado federal, seis deputados estaduais, 33 prefeitos e 294 vereadores. Nacionalmente ACM Neto, democrata, e Luciano Bivar (PSL) pacificaram seus liderados. Porém, entre mato-grossenses tudo aponta que alguns deputados não deixarão de seguir o presidente Jair Bolsonaro, sem partido, e que não demonstra interesse partidário, mas que poderá assinar ficha de filiação ao Progressistas, do ministro e senador piauiense licenciado Ciro Nogueira.  

Em Mato Grosso a fusão uniria democratas conservadores e radicais bolsonaristas que entraram para a vida pública em 2018 com a eleição de Bolsonaro. É uma química política. DEM e PSL juntos tanto pode virar um grande partido, como uma aliança natimorta em razão da defesa intransigente do presidente. Consolidada a união em outubro próximo, como anunciam as duas siglas, e repetida regionalmente aqui, a nova sigla, ainda sem nome definido teria a maior bancada na Assembleia, com seis cadeiras ocupadas por Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco (ambos do Democratas) e Ulysses Moraes, Delegado Claudinei, Elizeu Nascimento e Gilberto Cattani (todos do PSL). Também no novo partido, o governador democrata Mauro Mendes e o senador seu correligionário Jayme Campos, e o deputado federal Nelson Barbudo (PSL). Porém, segundo afirmam componentes da bancada estadual do PSL e Barbudo, onde Bolsonaro estiver eles estarão, e a fusão insiste com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta para a Presidência; Mandetta é crítico feroz do presidente.    

A fidelidade eleitoral cantada em prosa em verso pelos deputados do PSL aparentemente é firme. Porém, acaba de ser aprovada a reforma eleitoral, que mantém a proibição de coligação para cargos proporcionais, como aconteceu em 2020 para vereador. Caso o grupo que apoia Bolsonaro recue do casamento DEM/PSL ficará uma interrogação até se saber qual será seu destino partidário, pois haverá uma guinada no modelo de disputa eleitoral e não será fácil deputado conseguir nova legenda, por conta do temor do canibalismo fraterno que leva os grupos dominantes em partidos a acenderem luzes amarelas temendo que a adesão atropele quem já ocupa lugar na sigla.      

A força política do novo partido seria bem capilarizada nos municípios, com 33 prefeitos (25 do DEM) e 294 vereadores (204 do DEM); o MDB é o segundo partido em número de prefeituras e cadeiras às câmaras: 23 e 179 respectivamente. Nova Mutum, com 48.222 habitantes e administrada por Leandro Félix (PSL) é o principal município controlado por filiado a partido que formará a fusão. Em ordem populacional decrescente, Érico Stevan (DEM) é prefeito de Guarantã do Norte, com 36.439 moradores; e Carlos Sirena (DEM) reelegeu-se para a prefeitura em Juara, com 35.275 juarenses. Francisco Gonçalves Neves (PSL) é prefeito de Araguainha, com 909 residentes e o menor município mato-grossense.      

O novo partido conta com participação feminina. Mato Grosso tem 14 prefeitas e duas são filiadas ao Democratas. Carmen Martines administra Carlinda, no polo de Alta Floresta, e a professora Marilda Sperandio, Alto Taquari, na tríplice divisa: MT/MS/GO.   

GOVERNO – Mauro Mendes é candidato natural à reeleição e até então sem adversário com força suficiente para polarizar a disputa. Na ampla coligação que o elegeu e apoia, há disputa pela indicação do seu companheiro de chapa, uma vez que o vice-governador Otaviano Pivetta, sem partido, não manifesta interesse em repetir a chapa vitoriosa de 2018 ao Palácio Paiaguás.    

DEM – Ao contrário do PSL, que segue Bolsonaro mesmo após sua desfiliação, e que não tem Executiva com forte respaldo eleitoral em Mato Grosso, onde o partido tem pouca presença municipal, o Democratas liderado por Mauro Mendes, o senador Jayme Campos e o ex-governador Júlio Campos, está em todos os municípios e tem filiados históricos desde sua formação, quando seu nome de registro eleitoral era Aliança Renovadora Nacional (Arena).    

Representante da ala conservadora, o DEM mantém sua estrutura de filiação. Jayme e Júlio Campos, nunca trocaram de partido. Essa fidelidade também é vista nos municípios. Em Água Boa, o vereador Ari Zandoná cumpre o nono mandato consecutivo pelo Democratas.    

LEGISLATIVO – Com seis deputados o novo partido teria a maior bancada na Assembleia, desbancando o PV, que tem três: Faissal, Dr. Gimenez e Xuxu Dal Molin.    

O novo partido também seria o único com congressistas na Câmara e Senado. Na primeira, com Barbudo, e no outro, com Jayme Campos.

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