Blaro Maggi - reprodução Folha Max

O ministro Blairo Maggi anunciou na manhã desta segunda-feira que não será candidato a nenhum cargo eletivo no pleito de 2018. O senador licenciado, entretanto, não descarta continuar como ministro da Agricultura, posto que ocupa desde maio de 2016, mesmo após o final do mandato do presidente Michel Temer (MDB) no final deste ano.

Blairo deixou claro que uma possível permanência dependerá de quem for eleito para a presidência da República, em outubro de 2018. O ex-governador afirmou que irá avaliar o programa de governo de quem vencer a eleição e que uma postura econômica e de mercado parecida como a do presidente Michel Temer o faria aceitar um possível convite. “Ainda não sabemos quem serão os candidatos, nem quem será eleito. Mas na possibilidade de eleito um presidente com uma ideologia parecida com o atual, me dando condições para trabalhar e se houver um convite para que eu continue, vou avaliar com muito carinho. Se for um governo com uma ideia mais liberal, com menos intervencionismo, ou algo nesta linha, é possível, mas de outro lado, não”, afirmou.

O ministro revelou que chegou a ser convidado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas que recusou o convite justamente por não concordar com a ideologia partidária pregada pelo Partido dos Trabalhadores no que diz respeito ao setor agrícola. Ele destacou que caso o presidente eleito tenha uma linha ideológica parecida, não aceitará permanecer. “Não seria possível com um presidente com um programa diferente do que defendemos. Um exemplo é o caso da presidente Dilma. Eu fui convidado e não quis porque não daria certo. Uma coisa é apoiar pontualmente, como parlamentar, em alguns projetos, e a outra é seguir a ideologia daquele partido por exemplo” sentenciou.

Blairo Maggi também anunciou que pretende cursar inglês após desistir de disputar a reeleição. Ele disse que contrariou o pai já falecido, André Maggi, ao não se especializar na língua estrangeira.