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Bebê enterrada viva está em UTI com infecção e insuficiência respiratória

Após a divulgação do caso, o MPF e o MPE informaram que vão acompanhar o caso a fim de esclarecer os motivos que levaram a bisavó a enterrar a criança.

Por: Karine Miranda, repórter do GD
Publicado em 08 de Junho de 2018 , 07h51 - Atualizado 08 de Junho de 2018 as 07h57


Bebê possui infecção e insuficiência respiratória - Reprodução

A recém-nascida indígena que foi enterrada viva e resgatada após cerca de 7 horas pela Polícia Militar, apresenta quadro grave de infecção generalizada e insuficiência respiratória. A bebê segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Santa Casa da Misericórdia de Cuiabá.

A menina foi transferida do Hospital Regional de Água Boa (730 km a Leste de Cuiabá) para a Santa Casa de Cuiabá na tarde de quarta-feira (6), em razão do diagnóstico de hipotermia grave e distúrbio de coagulação.

Em Cuiabá, a criança foi encaminhada diretamente para a UTI e passou por alguns exames que identificaram a infecção e insuficiência respiratória. Apesar disso, o quadro clínico da recém-nascido é considerado estável, de acordo com informações da assessoria da Santa Casa.

Ainda segundo o hospital, a bebê vai passar por uma bateria de exames e monitorias ainda nesta quinta-feira (7) e um novo boletim médico deverá ser emitido no final da tarde, que pode indicar melhora ou novos problemas de saúde em razão das condições do parto e primeiras horas de vida da menina.

A bebê nasceu na terça-feira (5) em uma comunidade indígena localizada no bairro Nova Canarana, em Canarana (823 km a leste de Cuiabá). Conforme informações da mãe da bebê, uma adolescente de 15 anos, ela sentiu as contrações e deu à luz a menina no banheiro. Ao nascer, a menina teria batido a cabeça no vaso sanitário e teve um sangramento.

Já segundo a bisavó da bebê, Kutsamin Kamayura, 57, da etnia Kamayurá, foi ela quem cortou o cordão umbilical e, em razão da queda e de a menina não ter chorado, acreditou que a criança estivesse morta. Com isso, ela enterrou a criança, com o consentimento da mãe, no quintal da casa e não acionou os órgãos oficiais.

O caso só veio à tona após a mãe ter apresentado hemorragia e procurado atendimento médico. A Polícia Militar foi acionada e conseguiu encontrar o bebê 7 horas após o enterro.

Em depoimento à policia, a bisavó confirmou a ocorrência e disse que enterrou o bebê segundo costume de sua etnia, já que a bebê "não teria pai".

Após a divulgação do caso, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado (MPE) informaram que vão acompanhar o caso a fim de esclarecer os motivos que levaram a bisavó a enterrar a criança.

Isto porque uma das versões sobre o fato aponta que o enterro foi feito em razão da cultura de que os filhos “sem pai” não devem sobreviver, o que seria o caso da bebê indígena. Porém, outra versão aponta que o enterro foi feito somente após a bisavó achar que a criança estivesse morta, o que poderia ser qualificado como crime.

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