NOTÍCIA | RISCO DE CONFLITO

Juiz amplia distância para invasores ficarem afastados de área de Riva e Silval

Mesmo confronto no início do ano, os invasores ainda ocupam margens da rodovia que passa por dentro da propriedade, ameaçando quem precisa transitar no local

Por: RODIVALDO RIBEIRO Da Redação
Publicado em 18 de Janeiro de 2019 , 15h38 - Atualizado 18 de Janeiro de 2019 as 15h42


Reprodução
 
Os invasores devem ficar agora a 10 quilômetros de distância da Fazenda Bauru (Magali), de propriedade do ex-deputado estadual José Geraldo Riva e do ex-governador Silval Barbosa. A decisão de aumentar o raio de afastamento dos posseiros foi publicada nesta quinta-feira (17) pelo juiz Carlos Roberto de Campos, da Segunda Vara Cível Especializada em Direito Agrário.
 
A decisão atende parcialmente o pedido do advogado da Floresta Viva Exploração de Madeira e Terraplanagem Ltda, Dauto Passare. Ele argumentou que os invasores descumpriam a ordem judicial de manterem-se distante cinco quilômetros do perímetro da fazenda e permanecem acampados às margens da rodovia que corta a fazenda e que já foi invadida outras vezes.
 
Passare justificou o pedido de ampliação do afastamento mínimo da área para 20 quilômetros lembrando a tragédia do dia cinco de janeiro, em meio ao confronto entre seguranças da propriedade e os invasores, que acabou com a morte de um trabalhador rural. O juiz atendeu em parte e ampliou para 10 quilômetros como suficientes para amenizar a situação.
 
A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 1 mil. “Defiro parcialmente pedido formulado pela assistente litisconsorcial, para que se proceda o afastamento de 10 (dez) quilômetros de todos os ocupantes que se encontrarem às margens da propriedade rural em todos os seus limites”, determinou. No entendimento do magistrado, os invasores vinham descumprindo ordem judicial, fazendo elevar as tensões. “Tal conduta deve ser de imediato combatida pelo Poder Judiciário, para garantir a efetividade de suas decisões”.
 
BRIGA ARMADA
 
A área pertencente aos políticos é alvo de invasões constantes há pelo menos 19 anos. Uma reintegração de posse foi concedida em 2017, mas as ameaças dos invasores nunca cessaram, até que, no dia cinco passado, um grupo de pelo menos 200 pessoas afrontou a ordem da justiça, de permanecerem a pelo menos cinco quilômetros de distância da fazenda e a invadiram.
 
Os seguranças terceirizados reagiram, houve troca de tiros e o saldo final foi de uma morte e oito pessoas feridas. Era tragédia anunciada. Há pelo menos dois anos, o Ministério Público adverte sobre a tensão e possibilidade de conflito na fazenda de José Geraldo Riva comprada em sociedade com Silval Barbosa. A posse oficial ainda é da Agropecuária Bauru Ltda, que por sua vez é da empesa Floresta Viva, ambas de propriedade da família Riva.
 
Depois do tiroteio e da morte, a Floresta Viva divulgou nota afirmando que os seguranças da área foram emboscados por homens fortemente armados, que atacaram eles e todos os empregados que estavam no local, obrigando-os a se defender.
 
Conflito e enfrentamentos sempre fizeram parte da história da propriedade, desde os antigos donos. Em maio de 2017, após quase dois anos de prisão por crimes de corrupção, o ex-governador Silval delatou ao Ministério Público Federal (MPF), como parte de sua colaboração premiada, a negociação da Fazenda Bauru, ao preço de R$ 18,6 milhões, pagos por meio de propinas.
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