NOTÍCIA | CANDIDATURA

Deputada Janaina Riva lembra "cemitério" e praticamente descarta disputar a prefeitura de Cuiabá

Janaína Riva disse que irá agurardar erta final para decidir projeto de 2020

Por: RODIVALDO RIBEIRO - Gazeta Digital
Publicado em 29 de Abril de 2019 , 07h04 - Atualizado 29 de Abril de 2019 as 07h09


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A deputada Janaina Riva (MDB), presidente em exercício da Assembleia Legislativa, disse que só se lançará candidata à Prefeitura de Cuiabá se o céu estiver de brigadeiro no que concerne a apoio popular e sem ondas gigantes no mar das articulações políticas. Ela analisou o cenário atual de uma virtual disputa pelo Palácio Alencastro em entrevista ao Resumo do Dia e afirmou que há certas condições incontornáveis para a construção de uma candidatura natural, “não pode ser goela abaixo”, com nomes de peso já sondados, como os de Lúdio Cabral (PT), Gisela Simona (PROS) e até mesmo Fábio Garcia (DEM). “Tudo depende do momento político, daqui até a eleição tem muita água pra passar embaixo da ponte, quero analisar todos os fatores. Temos nomes bons caso Emanuel não seja candidato, como já vem sinalizando, mas não há como construir uma candidatura de uma hora pra outra. Quero deixar as pessoas falando pra eu esperar sentir se é o momento oportuno pra fazer isso ou não”, disse.
 
Apesar de não citar diretamente um colega de partido que pretende colocar buraco em seu navio, também usa o discurso do rio a fluir sob a ponte e costuma ser impermeável às lágrimas de aliados e adversários durante as guerras partidárias - Valtenir Pereira (MDB), que já avisou que quer sim a cadeira se Emanuel dela sair -, Janaina sinaliza estar ciente do risco que representa a eleição para o Executivo municipal em termos de desgaste das alianças. Especialmente quando se ganha.
 
“Não é o que eu tinha planejado pra minha carreira política, mas se acontecer de meu nome se tornar viável e eu acreditar que dá pra fazer um bom trabalho, porque não dá pra assumir um mandato em dificuldade e não conseguir mudar essa realidade, porque dizem que prefeitura é cemitério de político, então quero analisar muito friamente o cenário da disputa. Minha maior preocupação é Cuiabá. Não regredir, continuar a fazer a cidade crescer, porque a capital é um segundo estado: existe Mato Grosso e nossa capital, que age como se fosse o Estado como um todo. Tem que ter muita cautela na hora de tomar essa decisão”, explicou.
 
Na última eleição, em 2016, Janaina pediu votos para o atual prefeito. Na própria campanha, em 2018, conseguiu se reeleger como a deputada mais votada.
 
O maior cacique da tribo emedebista, Carlos Bezerra, andou sinalizando, timidamente, como convém às velhas raposas, apoio a um projeto encabeçado por ela, desde que respeitada as condicionantes da desistência de Emanuel ou caso os índices de aprovação da atual gestão se tornem insustentáveis. Por esse viés, ela tem ampla vantagem interna sobre o suplente Valtenir, sabidamente rejeitado por Bezerra como candidato à prefeitura, dentre outros motivos, por ter começado a cantar aos quatro ventos a vontade de arrancar Emanuel do paço municipal sem nunca perder uma oportunidade sequer de criticá-lo.
 
No auge da briga, há duas semanas, o prefeito chegou a cogitar, nos bastidores, fazer companhia para o filho Emanuelzinho no PTB. O MDB tem hoje 30 prefeituras e quer declaradamente aumentar esse número como forma de preservar suas fronteiras de sombra onipresente nos estertores do poder brasileiro, após o baque do ano passado, quando perdeu cadeiras no Congresso, prefeituras no país e teve caciques históricos como Michel Temer e Eduardo Cunha presos.
 
Mato Grosso é estratégico nesse sentido e tem campo aberto para tal, com 141 municípios em disputa, apesar de a manutenção da maior cidade estar obviamente em primeiro plano. Logo depois, a prioridade na agenda de Carlos Bezerra é Rondonópolis, onde ele quer colocar o hoje deputado Thiago Silva como prefeito.
 
Para isso, não esconde de ninguém a atual fase de amor louco pelo governador Mauro Mendes (DEM), com quem a bola relação é imprescindível para alcance dessas pretensões, tendo as emendas impositivas como bombons recheados a adoçar a alcova. Disso quem cuida é base pró-governo na Assembleia, formada por Romoaldo Júnior, Thiago Silva e Janaina Riva.
 
Tudo isso, repassando, se conseguirem conter o ímpeto e o vulto de Valtenir, que jura ter gente o incentivando a disputar a eleição municipal. “Vamos apresentar um projeto e quero entrar para ganhar. Abri mão dele em 2016 para apoiar o Emanuel porque esperava um incentivo que no fim nem veio, mas ainda é muito cedo para o partido decidir qualquer coisa”, afirmou.
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