NOTÍCIA | TAPURAH

DUAS MORTES – Tapurah vítima da falta de bombeiros

Tapurah tem 13.705 habitantes. É uma das cidades mais modernas de Mato Grosso, embora seja carente em algumas áreas onde o Estado se faz ausente, como na questão do Corpo de Bombeiros Militar.

Por: Eduardo Gomes de Andrade – Editor de Boamidia
Publicado em 23 de Setembro de 2019 , 11h11 - Atualizado 23 de Setembro de 2019 as 11h21


Prefeitura de Tapurah – Divulgação/Governo de Mato Grosso – Divulgação

Pela municipalização do Corpo de Bombeiros. Esse foi o título do editorial de 12 deste setembro. Integrantes daquela corporação enviaram notas críticas ao texto, mas o site não muda seu entendimento sobre o assunto.

Uma residência pegou fogo na noite do domingo, 22, em Tapurah. Informações preliminares dão conta de que duas senhoras morreram carbonizadas. Uma seria bisavó, e a outra, avó, de duas crianças que conseguiram escapar das chamas.

O incêndio foi combatido com um caminhão pipa e a participação de populares. O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado, mas chegou muito tarde ao local. A demora não foi motivada por falta de competência ou de profissionalismo dos bombeiros, mas sim pela falta de estrutura da corporação para atuar em casos que exigem reposta imediata. O atendimento ficou a cargo de bombeiros militares da unidade mais próxima, a de Lucas do Rio Verde, distante 95 quilômetros pela Rodovia da Mudança (MT-449), que foi pavimentada por meio de uma PPP Caipira, irrigada com recursos das duas prefeituras e de produtores rurais.

Tapurah tem 13.705 habitantes. É uma das cidades mais modernas de Mato Grosso, embora seja carente em algumas áreas onde o Estado se faz ausente, como na questão do Corpo de Bombeiros Militar.

Reconhecida por lei como Capital da Suinocultura, Tapurah tem condições de manter uma unidade municipal dos Bombeiros, mas precisaria que a mesma fosse treinada e recebesse normatização do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, que deveria ficar restrito a Cuiabá-Várzea Grande.

Para Tapurah a municipalização  não seria problema. Em vários outros municípios, também não. Em alguns não há condições orçamentárias para tanto, mas nesse caso o Estado teria que intervir pela viabilização. O município que foi capaz de usurpar – no melhor sentido da palavra – parte da responsabilidade do Estado em construir rodovia, também pode levantar a bandeira pela criação de um Corpo de Bombeiros Municipal.

Claro que o Corpo de Bombeiros Militar por sua formação de caserna não vê com bons olhos essa proposta. Creio até que não seja por conta de sua polpuda arrecadação da  Taxa de Segurança Contra Incêndio (TACIN – cobrada onde suas unidades se fazem presentes) – o que lhe confere relativa autonomia financeira no comparativo com outras instituições da Segurança Pública – mas por identificação de seus componentes com a corporação. Assim também aconteceu com a Polícia Militar quando o Corpo de Bombeiros Militar se desmembrou daquela instituição.

Esse assunto precisa entrar na pauta das discussões mato-grossenses.

Lamentável abordar essa situação pela motivação do trágico incêndio em Tapurah e que as duas vítimas não se transformem em argumento para tanto.

Para entenderem o sentido do editorial Pela municipalização do Corpo de Bombeiros, cliquem na lupa de busca, no canto superior direito da página.

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