NOTÍCIA | 120 DIAS SEM CHUVA

Estiagem: Juara está há mais de 120 dias sem uma boa chuva.

Mesmo com pouca chuva, tempo seco, baixa umidade do ar, muitos ventos, as queimadas diminuíram em relação a 2018

Por: Show de Notícias - Aparicio Cardozo
Publicado em 18 de Setembro de 2019 , 07h58 - Atualizado 18 de Setembro de 2019 as 08h07


Show de Notícias

A estiagem no Brasil inteiro tem sido uma das mais longas de todos os tempos, pouca chuva tem caído esse ano e o período sem chuva tem sido mais prolongado do que nos anos anteriores.

De acordo com estatísticas da Empaer, cedidas ao Show de Notícias, Juara está há mais de 12 dias sem uma chuva mais expressiva.  

Juara é uma das áreas mais atingidas pela estiagem, o município que tem grande potencial agrícola e pecuário; a última chuva significativa no município foi em 12 de abril, com 49,7 mm.

Depois disso tivemos alguns chuviscos esporádicos e pouco expressivos. Veja AQUI a estatística sobre as precipitações pluviométricas em Juara.

Porém, mesmo com pouca chuva, ja que essa é a maror etiagem dos últimos anos, tempo seco, ventos e baixa umidade relativa do ar, que muitas vezes chega a clima de deserto, as queimadas em 2019 foram menores do que em 2018.

Veja a seguir uma reportagem do jornalista Eduardo Gomes, publicada no Diário de Cuiabá, sobre a estiagem em Mato Grosso e sua influência negativa na produção agrícola do estado.

Estiagem não frustra cultivo da soja

Estimativa do Imea, IBGE e Conab é que Mato Grosso colha a maior safra de todos os tempos e a previsão é de que chova no começo da Primavera

Ao término de sua vigência o vazio sanitário para a cultura da soja em Mato Grosso não significa, de imediato, o início da semeadura da leguminosa, por conta da prolongada estiagem. Esse cenário não deverá prejudicar a produção e produtividade da safra de verão. A meteorologia prevê chuvas com intensidade somente no primeiro dia da Primavera, em 23 deste mês de setembro.

Iniciado em 15 de junho e com validade por 90 dias, o vazio sanitário vigorou até o domingo, 15, conforme estabelece a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Desde ontem, o cultivo está liberado, mas provavelmente nenhum produtor rural semeou soja, pois Mato Grosso enfrenta um longo período de estiagem que há quatro meses afugentou a chuva em volume expressivo nos 141 municípios mato-grossenses.

Início da temporada das chuvas à parte há otimismo por parte do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) sobre área cultivada, produção e produtividade da soja. Estimativa do Imea aponta que a área que será cultivada alcançará 9,7 milhões/ha ou 0,60% a mais do que na safra anterior, de 9,6 milhões/ha. A produtividade também sobe no comparativo com 2017/18: passa de 56 sacas/ha para 56,28 sacas/ha. A expectativa é que o volume produzido seja de 32,8 milhões/t – maior alcançado pelos produtores rurais mato-grossenses, que em 2018/19 colheram 32,5 milhões/t. Os números do Imea são parecidos com os do IBGE e da Conab.

ESTIAGEM – Todos os municípios ressentem a falta da chuva. Há incêndios florestais em todas as regiões, a média da temperatura está 5º acima do tradicional nessa época do ano e a umidade relativa do ar está aquém do recomendável. Mantida a previsão meteorológica, Mato Grosso somente terá chuva intensa daqui a seis dias.

Mesmo com a estiagem que em algumas regiões começou em maio e em outras no mês de abril, o produtor rural se prepara para a semeadura. Segundo sindicatos rurais, há registros de chuvas isoladas, que não motivarão o plantio nesta semana. No bolsão formado por Colíder, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Marcelândia e Itaúba choveu com intensidade no último domingo.

A última chuva forte em Água Boa – importante polo agrícola no Vale do Araguaia – aconteceu em 5 de julho e alcançou 44 mm; na vizinha Canarana, há registros de chuvas fracas e isoladas. Uma chuva forte em Peixoto de Azevedo e na vizinhança paraense, na semana passada, apagou incêndios florestais. Juara é uma das áreas mais atingidas pela estiagem, o município que tem grande potencial agrícola e pecuária; a última chuva significativa no município foi em 12 de abril, com 49,7 mm. No município de Paranaíta choveu com intensidade no começo deste mês. Em Alta Floresta a estiagem se estende desde maio e no período houve chuvas moderadas e isoladas.

Em todas as regiões há registros de chuvas isoladas. Porém, o cultivo da soja somente deverá começar após as anunciadas chuvas na próxima semana. Com isso, o ciclo do cultivo da lavoura começará mais tarde, mas dentro de uma margem de variação que já ocorreu sem comprometer o calendário agrícola e o desempenho das lavouras.

Analistas que acompanham a agricultura mato-grossense acreditam que o retardamento em alguns dias do plantio da safra de verão será algo ‘natural’ e não deverá impedir que no campo Mato Grosso continue com seu interminável balé sobre pneus semeando as leguminosas, cereais, fibras e plumas que respondem por boa parte da política de segurança alimentar mundial.

Sicredi
Soluti - Exatas Contabilidade
Auto Posto Arinos LTDA
Exatas Contabilidade

JUARA MATO GROSSO



MAIS NOTÍCIAS


Interessado em receber notícias em seu e-mail?
Nós o notificaremos e prometeremos nunca enviar spam.


2002 - 2024 © showdenoticias.com.br