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Governança corporativa no setor agropecuário: caminhos para a transparência e sustentabilidade

A transparência é um dos principais pilares da governança corporativa no agronegócio mundial e brasileiro.

Por: Carlos César Floriano - CEO do grupo VMX
Publicado em 16 de Setembro de 2024 , 16h08 - Atualizado 16 de Setembro de 2024 as 16h13


Reprodução grupo VMX

A governança corporativa no setor agropecuário tem se tornado uma peça-chave para o crescimento sustentável e a competitividade global. Diante de um cenário onde as demandas por transparência, responsabilidade socioambiental e eficiência operacional crescem exponencialmente, empresas agropecuárias são desafiadas a adotar práticas robustas de governança que alinhem interesses de acionistas, funcionários, consumidores e a sociedade em geral. “Esse movimento é essencial para assegurar a confiança dos investidores, o cumprimento de regulações e a promoção de um desenvolvimento equilibrado no campo”, explica Carlos César Floriano, CEO doGrupo VMX.

A governança corporativa se refere a um conjunto de práticas e políticas que orientam a administração de uma empresa, assegurando que ela atue de forma ética, transparente e responsável. 

No contexto do setor agropecuário, isso envolve desde a gestão eficiente dos recursos naturais até a implementação de práticas que minimizem impactos ambientais e sociais. 

“Empresas que adotam bons princípios de governança são vistas como mais confiáveis e preparadas para enfrentar crises, o que se reflete positivamente em sua reputação e valor de mercado”, diz Carlos César Floriano.

No Brasil, maior exportador mundial de diversos produtos agrícolas como soja, carne bovina e café, a governança corporativa é necessária para manter a competitividade internacional. Grandes empresas agropecuárias brasileiras, têm implementado programas de governança que incluem auditorias independentes, políticas de sustentabilidade e conselhos de administração diversificados. 

Essas medidas são vistas como essenciais para atrair investimentos estrangeiros, especialmente em um momento em que mercados internacionais exigem cada vez mais garantias de sustentabilidade e ética na cadeia de produção.

Carlos César Floriano e o pilar “transparência”

A transparência é um dos principais pilares da governança corporativa no agronegócio mundial e brasileiro. 

Empresas são incentivadas a divulgar informações claras e corretas sobre suas operações, práticas ambientais e relações de trabalho. 

Esse nível de transparência não só fortalece a confiança do mercado, mas também,permite que consumidores e investidores façam as suas escolhas. 

“A adoção de certificações ambientais e de qualidade, como a ISO 14001, é uma prática crescente entre empresas do setor que buscam demonstrar compromisso com a sustentabilidade e a excelência operacional”, esclarece Carlos César Floriano.

No entanto, a implementação de boas práticas de governança no setor agropecuário enfrenta desafios consideráveis. 

A complexidade das cadeias de suprimentos, a variabilidade das condições climáticas e a pressão para aumentar a produtividade sem comprometer a sustentabilidade exigem uma abordagem adaptativa e inovadora. 

Pequenas e médias empresas agropecuárias, que constituem a maior parte do setor no Brasil, muitas vezes carecem de recursos e conhecimentos para adotar práticas de governança robustas, o que pode limitar seu crescimento e acesso a mercados mais exigentes.

“Por outro lado, o fortalecimento da governança corporativa no agro também abre portas para novas oportunidades”, destaca Carlos César Floriano.

Empresas que investem em práticas sustentáveis e transparentes tendem a ser mais resilientes a crises, como as provocadas por mudanças climáticas ou pandemias. 

A governança eficaz pode facilitar a transição para uma economia de baixo carbono, promovendo o uso eficiente de recursos e a adoção de tecnologias inovadoras que reduzam a pegada ambiental da produção agropecuária.

A questão da governança no setor agropecuário também está diretamente ligada às questões de responsabilidade social e ambiental. 

Com a crescente preocupação global em torno das mudanças climáticas, desmatamento e uso de agrotóxicos, empresas que adotam políticas rigorosas de governança são vistas como parte da solução para esses problemas. 

Iniciativas como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Código Florestal Brasileiro são exemplos de regulamentações que incentivam a gestão responsável das propriedades rurais, promovendo a conservação dos ecossistemas e o uso sustentável da terra.

Para Carlos César Floriano, ”A governança corporativa no agro não se limita a grandes empresas; ela também é relevante para cooperativas e associações de produtores”, explica.

Essas organizações desempenham um papel fundamental na inclusão de pequenos agricultores em cadeias de valor mais complexas, fornecendo acesso a mercados, crédito e tecnologias. 

Ao adotarem princípios de governança, essas entidades podem melhorar sua eficiência e impacto social, beneficiando diretamente milhares de pequenos produtores e suas comunidades.

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