NOTÍCIA | JÚRI

Júri Popular condena a 18 anos e 08 meses, homem que matou esposa e jogou o corpo em cima de carreta

Os jurados entenderam que que o réu usou recurso que dificultou a defesa da vítima, houve feminicídio e meio cruel aplicado, com 04 tiros disparados contra a sua cabeça.

Por: Aparicio Cardozo - Redação Show de NotíciasPublica
Publicado em 18 de Outubro de 2018 , 11h13 - Atualizado 18 de Outubro de 2018 as 11h28


Show de Notícias - JÚRI
O Júri Popular, ocorrido nessa quarta-feira, 17 de outubro, no fórum da comarca de Juara, condenou o pecuarista João Neves, a 18 anos e 08 meses de prisão em regime fechado, pelo assassinato da esposa Rosangela, crime de feminicídio, ocorrido em 07 de maio desse ano, na propriedade rural do assassino, distante cerca de 120 Km da sede do município, na região de Paranorte, interior de Juara.
 
Consta no inquérito, que o fato aconteceu por volta das 19 horas do dia 07 de maio, onde o casal e mais algumas pessoas ingeriam bebida alcoólica, na residência da Fazenda Nossa Senhora das Neves, quando o pecuarista, agindo em situação de violência doméstica, efetuou quatro disparos de arma de fogo contra a cabeça da sua companheira Rosangela Alves da Costa, por meio cruel, imbuído por motivo torpe e utilizando de recurso que dificultou a defesa da vítima.
 
A acusação, feita pela promotora criminal Roberta Cheregati Sanches, defendeu a tese de crime com requentes de crueldade, já que João Neves, após efetuar os quatro disparos contra Rosangela, fato que aconteceu nas dependências da casa, jogou o corpo em cima de uma carreta de trator, enrolado em uma lona, e, segundo a tese do MPE, a mulher ainda estaria viva e ficou agonizando até a morte, sem que alguém lhe prestasse socorro.
 
Já a defesa, praticada pelos advogados Fernando Melo, Tobias Piva e André Rodrigo Schneider, defendeu a tese de que o autor do crime agiu em momento de desequilíbrio e raiva, já que a vítima estaria brigando com ele desde cedo, o ofendeu por várias vezes, inclusive, teria jogado um copo com bebida em seu rosto.
 
No entanto, o júri, formado por três mulheres e quatro homens, entendeu que houve o crime com recursos que impossibilitaram a defesa da vítima.
 
Inicialmente o presidente do Tribunal do Júri, o juiz da terceira vara, Dr. Pedro Flory Diniz Nogueira, julgou procedente os argumentos da acusação, com o aval dos jurados, fixando a pena inicial, que seria de 12 a 30 anos em regime fechado, em 14 anos, porém, devido aos agravantes já citados na reportagem, elevou em 1/3, totalizando 18 anos e 08 meses de reclusão.
 
Para a defesa, que foi representada nos embates e explanações no júri pelo advogado André Schneider, disse que vai recorrer da decisão, pois entende que as qualificadoras não deveriam persistir. O recurso, segundo André, será no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, uma vez que já houve a decisão em primeira instancia.
 
Para o Ministério Público, representado pela promotora criminal Roberta Cheregati Sanches, a pena foi satisfatória, uma vez que ela considera que esse crime foi um dos mais violentos e cruéis dos últimos tempos em Juara, já que a vítima teria sido atingida por volta das19 horas e ficou agonizando, ainda viva, em cima de uma carreta de trator, sem que alguém a socorresse. 
 
O juiz de direito, em entrevista a imprensa presente, disse que a pena foi aplicada com mais rigor, pois há uma preocupação de toda a sociedade, em coibir a violência contra a mulher e que esse foi um exemplo, pois usou recurso que dificultou a defesa da vítima, o feminicídio e o meio cruel aplicado, com 04 tiros disparados contra a sua cabeça.
Exatas Contabilidade
Auto Posto Arinos LTDA
Sicredi
Soluti - Exatas Contabilidade

JUARA MATO GROSSO



MAIS NOTÍCIAS


Interessado em receber notícias em seu e-mail?
Nós o notificaremos e prometeremos nunca enviar spam.


2002 - 2024 © showdenoticias.com.br