Morre Wanderlei Ribeiro Idiarte, médico pioneiro no Vale do Arinos, que mateou à sombra da Torre Eifel
Wanderlei atuou como médico na cidade de Ampere no Paraná e nos quatro municípios do Vale do Arinos.
Morreu nesta quarta-feira, dia 07 de fevereiro, em Cuiabá, vítima de infarto agudo do miocárdio, o médico gaúcho mato-grossense, Wanderlei Ribeiro Idiarte.
Nascido no interior do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai, mais precisamente no município de Canguçu, Wanderlei Ribeiro Idiarte formou-se em medicina geral em 1980, na faculdade Federal de Pelotas, também no pago gaúcho.
De 1980 a 1982 trabalhou como médico em um hospital na cidade de Ampere, no sudoeste do Paraná, depois mudou-se para o Mato Grosso, onde fez uma brilhante carreira na medicina, junto com sua primeira esposa, a primeira dentista de Juara, Maria Ferronato, com quem teve dois filhos, Luiz e Ricardo.
A partir de 1983, Wanderlei Idiarte iniciou sua carreira no Mato Grosso, como médico geral e anestesista no município de Novo Horizonte do Norte, primeiro em seu próprio hospital e depois no hospital municipal.
Em Juara atuou como médico anestesista na policlínica São Vicente, médico anestesista e cirurgião no hospital das clinicas do Dr. José Carlos Braga Neto e hospital municipal de Juara.
Também foi médico anestesista e cirurgião, no hospital municipal de Porto dos Gaúchos, médico anestesista geral e cirurgião no hospital Carlos Vedovetto, de Tabaporã.
Wanderlei também foi médico perito do INSS, contratado, de 1988 a 2004, na agência regional de Juara, que compreendia os municípios do Vale do Arinos.
Brizolista, amante da tradição gaúcha, Wanderlei Ribeiro Idiarte foi um dos incentivadores e ajudou fundar o Centro de Tradições Gaúchas Gaudérios do Arinos, com sede em Juara, entidade da qual foi o primeiro patrão.
Essa paixão pela cultura Gaúcha o levou a comandar um programa gaúcho dominical na Rádio Tucunaré, junto com o amigo Ademir Orlandi e o também gaúcho, Inácio Cipel.
Em 1999, Wanderlei sofreu o duro golpe de perder a companheira Maria Ferronato, que morreu vítima de um câncer. Maria foi homenageada pelo então vereador Aparicio Cardozo, com a nomenclatura de uma praça pública na saída para o Jaú.
Wanderlei refez a sua vida com a professora Lúcia, com quem se casou mais tarde. Em 2014 Wanderlei se aposentou e em 2015 mudou-se para a Cuiabá, até o seu último dia, nesta quarta-feira, dia 07 de fevereiro.
Idiarte também foi proprietário de uma área rural no município de Novo Horizonte do Norte, onde costumava receber os amigos e um deles foi o cantou Gaúcho da Fronteira, que saboreou um bom mate e um churrasco no Rancho Ganguçu.
Em 2021 Wanderlei publicou um livro um livro com o título “O médico Gaúchos que mateou à sombra da Torre Eifel e participou da colonização do norte de Mato Grosso”.
O lançamento do livro foi na cidade natal de Wanderlei, Canguçu, no Rio Grande do Sul e ele pretendia fazer uma noite de autógrafos em Juara.
Ele encaminhou um livro ao amigo Aparicio Cardozo, com uma dedicatória especial de agradecimento.
Fica o sentimento da perda, mas a satisfação de ter convivido com um baita gaúcho “crioulo do pelo duro”, como costumava se intitular.
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