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JUARA – Mesmo não tendo um colégio eleitoral expressivo, a 25 anos o Vale do Arinos, localizado na região Noroeste mantém pelo menos um representante na Assembleia Legislativa e vai continuar tendo até 2022.

Nosso histórico político começou em 1994 com a primeira eleição do ex-prefeito de Juara, José Riva, que fez pouco mais de 8 mil votos, mas ficou 20 anos e cinco mandatos na Assembleia Legislativa, história que Mato Grosso já conhece.

Barrado pela Lei da Ficha Limpa, Riva foi sucedido pela filha Janaina Riva, que se elegeu como a segunda mais bem votada em 2014, conquistando 48.171 e se reelegeu como a primeira mulher mais bem votada em Mato Grosso, somando 51.546 sufrágios em 2018, porém, ainda fez pouco mais da metade dos votos do seu pai na última eleição que disputou, quando Riva, o José, teve 93.594 votos.

Em 2002 Juína elegeu Ságuas Moraes para deputado estadual, somando-se a José Geraldo Riva na AL como representante da região por oito anos. Em 2010 Ságuas se elegeu deputado federal, sendo reeleito em 2014, mas esse ano não se candidatou, deixando a vaga para a companheira de partido Rosa Neide, que é de Cuiabá.

A partir de 2011, com a eleição de Luciane Bezerra, Juara e região passaram a ter dois representantes na Assembleia Legislativa. Em 2014, Luciane cedeu a vaga ao marido Oscar Bezerra, que ficou quatro anos como deputado estadual, porém, não se reelegeu.

Digo isso, para tentar mostrar ou entender o deu errado na política da região, já que, a partir de 2019, somente Janaina Riva nos representará na AL, desta vez com responsabilidade triplicada, já que não terá ninguém da região ao seu lado no parlamento mato-grossense, nem na Câmara Federal.

A região do Vale do Arinos, cujo potencial econômico é maravilhoso, pois, só Juara tem o terceiro maior rebanho bovino de Mato Grosso, com quase um milhão de cabeças e aproximadamente 700 mil hectares de terras agricultáveis e muito produtivas, desta vez poderá ficar sem representante do agronegócio na Câmara Federal e no Senado, já que Nilson Leitão não se elegeu senador e Neri Geller anda tendo problemas com a justiça.

Se traçarmos um comparativo entre as ações de Janaina Riva e Oscar Bezerra nos últimos quatro anos, disparadamente, Oscar Bezerra foi melhor deputado para a região, com obras e ações importantes, principalmente para Juara, onde trouxe várias emendas parlamentares, mas sua votação caiu de 20.390, para apenas 11.827 votos e não se reelegeu.

Ao contrário, Janaina Riva praticamente não trouxe nada para a região, apoiada na justificativa de que, por ser oposição ferrenha ao governador Pedro Taques, não teve respaldo do governo para atender seus municípios e eleitores. No entanto, sua votação, ao invés de cair, aumentou de 48.171 em 2014, para 51.546 votos em 2018.

Digo isso também, para tentar mostrar que a responsabilidade de Janaina Riva aumenta, e muito, para a próxima legislatura, uma vez que, é a mais votada do Estado, deverá fazer parte da Mesa Diretora, ficou sozinha como representante da região, poderá fazer parte da base de Mauro Mendes e não terá mais a indigesta “companhia” de Pedro Taques, a quem até de veado chamou.

Janaina terá sobre seus belos ombros, a responsabilidade de provar que não é apenas um rostinho bonito na política, nem uma “brigona”, mas uma digna representante da expressiva votação que recebeu, herdeira do nome Riva, que vai para o sétimo mandado consecutivo na AL e que, com um governo ao seu lado, sozinha, poderosa, primeira secretária, tendo sogro senador, poderá fazer mais do que os seus antecessores e mostrar a que veio e por que o povo confiou tanto nela nos últimos pleitos, mesmo ficando apenas na defesa dos servidores e no ataque a Pedrinho durante quatro anos.

Quero voltar aqui em 2022 e dizer que as coisas mudaram, que o Vale do Arinos e o Vale do Juruena aumentaram suas representatividades políticas e que Janaina Riva nos presenteou com obras que trouxeram desenvolvimento para a região, pois, mesmo com toda essa representação política que tivemos nos últimos 24 anos, continuamos sem um aeroporto asfaltado; sem estrada de qualidade para Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, São José do Rio Claro e Juruena; com uma internet que praticamente inexiste; entre tantas outras demandas de logísticas importantes.