Arquivo Show de Notícias - Avenida Rio de janeiro

Uma das obras mais cobradas de Juara e a que mais foi mexida, para dizer o termo certo, fuçada, é o escoamento das enxurradas na Avenida Rio de Janeiro, cruzamento com a Rua Barbacena, que desde o início do mandato de Luciane Bezerra, está “encravada” e não acontece.

Diversas foram as tentativas de resolver o problema daquele trecho da Avenida, que alaga quase até a Rua Marília, quando cai uma chuva forte em Juara. E olha que não são poucas as pancadas de chuva que caem durante o verão juarense.

No entanto, depois de várias tentativas sem sucesso de resolver o problema com equipe própria e dezenas de promessas eleitoreiras feitas pelos administradores públicos, finalmente a prefeitura de Juara resolveu abrir o cofre e contratou a empresa Raylson dos Santos Silva, a um custo de R$ 310.716,76 (trezentos e dez mil, setecentos e dezesseis reais e setenta e seis centavos), para realizar a obra de drenagem de águas pluviais no local, tentando buscar uma solução definitiva para a questão.

O processo licitatório teve algumas etapas que deram deserta, mas, finalmente no dia 07 de outubro, a empresa Raylson Santos Silva – EPP, Hebrom Construtora, foi declarada vendedora do certame, para a realização da obra.

Porém, apesar do contrato entre a empresa e a prefeitura ter sido assinado em 08 de outubro de 2021 e a obra ser de caráter de urgência, até o final da tarde desta sexta-feira, dia 22 de outubro, o município ainda não havia expedido a OS – Ordem de Serviço, documento necessário que autoriza a empreiteira a começar a obra, não havia sido expedido.

O contrato entre o Poder Público e a empresa estabelece um prazo de 240 dias, para conclusão da obra, ou seja, 08 meses, devendo contar a partir de 10 dias do recebimento da Ordem de Serviço pela contratada.

A grosso modo e, numa análise superficial, sem o conhecimento técnico especifico, como hoje é 22 de outubro e a prefeitura só voltará a funcionar no dia 24, a Ordem de Serviço só será expedida nessa data e a empresa terá até o dia 04 de novembro, para iniciar a obra, o que já estaria no período mais intenso das chuvas.

Nesse caso, como o prazo para finalizar a obra é de 240 dias, isso iria até o início do mês de julho, e, como o contrato tem validade de 12 meses, a empresa ainda poderá pedir um alongamento no prazo, alegando que não foi possível trabalhar, devido a intensidade das chuvas.

Como a obra pretende resolver um problema que acontece especificamente no período chuvoso, entende-se que deveria ser realizada na época da seca, ou seja, de maio a agosto.

De acordo com o contrato, a empresa tem 240 dias pra finalizar a obra, e, supondo-se que as chuvas atrapalhem o andamento da mesma, a contratada pode resolver esperar passar o período chuvoso, pedir uma prorrogação do prazo e concluir a obra somente depois do mês de abril.

A conclusão mais plausível, é a de que, em nem um momento, se pensou nos empresários e proprietários de imóveis daquela região, que sofrem há muitos anos com o problema e poderão passar mais uma chuvarada tendo que secar suas lojas, acarretando prejuízos durante uma chuva forte e perdendo sono durante a noite para cuidar de seus comércios em dias chuvosos.