Réus são condenados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver em Juara
A sentença foi lida em plenário ao término dos trabalhos, sendo os presentes intimados formalmente.
Juara, 04 de fevereiro de 2025 – O Tribunal do Júri da Comarca de Juara condenou, nesta terça-feira (04), os réus João Pedro Ribeiro Nunes e Wesley Marques da Cruz Nascimento pelo homicídio triplamente qualificado e pelo crime de ocultação de cadáver da vítima Guilherme Ferreira do Nascimento.
O julgamento, que teve início às 8h da manhã, durou o dia todo e foi finalizado no final da tarde, com a decisão soberana dos jurados pela condenação dos réus nos exatos termos da pronúncia.
O julgamento e a decisão dos jurados
A sessão foi marcada pela apresentação detalhada das provas colhidas ao longo do processo, incluindo depoimentos de testemunhas, laudos periciais e provas materiais. Diante da robustez do conjunto probatório, o Conselho de Sentença reconheceu todas as qualificadoras do homicídio – motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de ocultação de cadáver.
O juiz Fábio Alves Cardoso, que presidiu a sessão, fixou a pena definitiva dos réus. João Pedro Ribeiro Nunes foi condenado a 17 anos de reclusão, em regime inicial fechado, enquanto Wesley Marques da Cruz Nascimento, por ser reincidente, recebeu uma pena maior, totalizando 19 anos e 2 meses de reclusão.
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O crime que chocou Juara
O homicídio ocorreu no dia 02 de novembro de 2023, quando Guilherme Ferreira do Nascimento foi sequestrado e levado para um local isolado pelos réus. A vítima foi espancada brutalmente, amarrada e morta com golpes de enxada na cabeça, sofrendo fraturas cranianas e estrangulamento. Para ocultar o crime, os réus enterraram o corpo em uma cova rasa na zona rural de Juara, onde ele foi encontrado apenas sete dias depois.
O caso teve grande repercussão na cidade, gerando comoção popular e mobilização da sociedade para que a justiça fosse feita. Durante as investigações, a polícia descobriu vídeos no celular dos réus mostrando o corpo da vítima dentro do porta-malas de um GM Corsa vermelho, além de vestígios de sangue humano no veículo, confirmando o transporte do cadáver.
Justiça foi feita
Com a condenação dos réus, a Justiça de Juara reafirma seu compromisso com o combate à impunidade, garantindo que crimes brutais como esse não fiquem sem resposta. Os réus agora cumprem pena em regime fechado, sem direito a substituição da pena privativa de liberdade por medidas alternativas.
A sentença foi lida em plenário ao término dos trabalhos, sendo os presentes intimados formalmente. A decisão representa um marco na atuação do Tribunal do Júri da Comarca de Juara, reafirmando o papel fundamental da Justiça na proteção da sociedade.
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