NOTÍCIA | INVESTIGAÇÕES

Curso busca maior rigor científico nas investigações de homicídios

O curso é uma iniciativa da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Cuiabá, em parceria com a Academia de Polícia, visando proporcionar aos servidores conhecimentos necessários ao desempenho da atividade investigativa de crimes de homicídios

Por: Assessoria | PJC-MT
Publicado em 30 de Abril de 2019 , 08h41 - Atualizado 30 de Abril de 2019 as 08h43


Assessoria | PJC-MT

Sessenta policiais civis participam nesta semana do Curso Básico de Investigação de Homicídio, direcionado ao treinamento e capacitação dos profissionais, a maioria lotados na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP), de Cuiabá, e também de outras delegacias da Polícia Civil do interior do Estado, que apuram crimes contra a vida.

O curso é uma iniciativa da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa  (DHPP) de Cuiabá, em parceria com a Academia de Polícia, visando proporcionar aos servidores conhecimentos necessários ao desempenho da atividade investigativa de crimes de homicídios, com emprego de metodologia científica própria na busca da materialidade, identificação da autoria e circunstâncias do crime.

O delegado titular da DHPP, André Renato Gonçalves, falou da importância de trazer conhecimento científico às investigações. “Muitas vezes atuamos de forma esperta, inteligência na solução das autorias dos assassinatos. Entretanto, muitas vezes não temos o conhecimento científico e existe uma doutrina, métodos e técnicas de investigação especializada em homicídios. É importante voltarmos as aulas, porque não aprendemos isso na academia”, afirma.

O deputado estadual, delegado Claudinei Lopes, esteve presente na abertura do curso, ocorrida nesta segunda-feira (29), no auditório da Diretoria Geral da Polícia Civil. Ele destacou a necessidade de apoio financeiro do Estado na promoção de mais cursos, sejam eles realizados na capital e, sobretudo, levados ao interior do Estado, para que todos os policiais tenham acesso às capacitações.

“ Tudo que vem para somar de cursos, aperfeiçoamentos temos que apoiar e podem contar comigo. Temos que apoiar, correr atrás de recursos, em nível de estado e parcerias para levar esses cursos para todo o interior de Mato Grosso, além da capital e Várzea Grande”, defendeu.

Se é no local de crime que inicia-se a investigação, com a coleta das primeiras impressões e vestígios do crime, adotar nesse trabalho rigor científico é fundamental  para o esclarecimento, materialidade e consistência da investigação. Técnicas e métodos que foram abordados pelo delegado Fausto Freitas, que é professor credenciado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

“As polícias ainda trabalham de forma muito empírica, com base nas experiências dos mais antigos e hoje temos estudos sobre como tornar essa investigação mais técnica e científica. Muitas vezes se assemelha ao que se faz na prática, mas tem-se uma lógica a ser seguida. Esse é um estudo que já apresentava em alguns cursos da Senasp que estou aqui apresentando aos nossos policiais, para darmos mais qualidade às investigações da Polícia Civil de Mato Grosso”, afirmou.

O diretor geral adjunto, Gianmarco Paccola Capoani, também destacou a importância de agregar conhecimento científico nas investigações policiais. “A DHPP é referência no Brasil e sabemos que o trabalho que faz é relevante, quando levado ao tribunal do júri é onde a sociedade enxerga as entrelinhas dessa investigação”, disse.

“Vamos procurar sair mais do empirismo para tratar mais do cientificismo. Isso fará com que um policial, por exemplo, ao ser ouvido no Tribunal do Juri, possa dar uma explicação tecnicamente, mostrando conhecimento (..), que chegou a solução daquele crime através de técnicas e métodos científicos”, completou o delegado André Renato.

Perícia de Homicídios

A perícia de crime de homicídio é considerada uma das mais importantes dentro da investigação do inquérito policial, tanto que a equipe policial segue junto com a perícia para o local de crime, por ser a perícia responsável pela coleta dos vestígios do assassinato, auxiliando assim a investigação em todos os passos da apuração.  

O perito criminal da Politec, Daniel da Costa e Silva Soares, falou da perícia na investigação policial como parte preponderante na materialização, auxílio da autoria e determinar a dinâmica do fato. Ele pontuou também sobre a importância da integração num processo constante de troca de informações entre a Politec e a Polícia Civil.

“Ao longo dessa palestra mostramos alguns estudos de casos, para mostrar como essa interação trouxe resultados positivos. Como uma informação, que, à princípio, para a investigação não tinha muito valor e para a perícia era considerado vestígio ilusório, porém, quando os dois se comunicaram conseguiu-se materializar e colocar o autor do crime no local dos fatos”, disse.

Disciplinas

O curso iniciou nesta segunda-feira, 29 de abril e segue até esta terça-feira, dia 30, com aulas em período integral, das 08 às 18 horas. As disciplinas, ministradas por delegados de polícia, investigadores e um perito criminal, tratarão das temáticas: Técnicas e Métodos Específicos para Investigação de Homicídios, ministrada pelo delegado Fausto José Freitas da Silva; Local de Crime: A Perícia vista sob a ótica da investigação criminal, ministrada pelo perito da Politec, Daniel da Costa e Silva Soares; A Atividade de Inteligência, com os investigadores da Diretoria de Inteligência José Armando dos Santos, Luka Rizzieri, Elizandra Rodrigues, Durigon Mahnis, Lívia Cristina Silva Sales; Investigação Criminal e sua abordagem prática, com a delegada Jannira Laranjeira, e os investigadores Susan Schmidt Barros e Jairo Gean Pottrotz; e a Produtividade e qualidade na coleta de dados do boletim de ocorrência, com o investigador Adriano Real. 

 

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