NOTÍCIA | XENOFOBIA NA INTERNET

Primeira-dama rebate ataques a venezuelanos abrigados em Cuiabá

Primeira-dama rebate ataques a venezuelanos abrigados em Cuiabá

Por: MídiaNews/Camila Ribeiro
Publicado em 13 de Abril de 2018 , 11h16 - Atualizado 13 de Abril de 2018 as 11h36


Alair Ribeiro/MidiaNews
A primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro usou seu perfil no Instagram para rebater ataques feitos a venezuelanos que recém-chegaram a Cuiabá fugindo da ditadura e da fome no País vizinho.
 
A Venezuela enfrenta uma onda migratória em virtude da crise humanitária no País. Desde o ano passado, milhares deles já atravessaram a fronteira. Em Cuiabá, eles estão acolhidos na Pastoral do Migrante, entidade social especializada em receber pessoas de outras nacionalidades.
 
Nesta semana, Marcia determinou que parte da arrecadação de alimentos feita por meio da Multifeira Internacional seja para atender, de forma prioritária, os venezuelanos.
 
O ato foi o suficiente para despertar comentários xenófobos (preconceito a pessoas de outra localidade) nas redes sociais da primeira-dama.
Entre os comentários, frases como: “Desculpe primeira-dama, mas acho que a prioridade tem que ser para famílias carentes mato-grossenses” e “tomou a vaga de muitas cuiabanas que precisam. O mesmo será com esse bando que está vindo aí, venezuelanos”.
 
A primeira-dama, por sua vez, saiu em defesa dos refugiados e disse que eles estão aqui não por que querem, mas sim para tentar fugir da fome e da dor.
 
Ela pediu ainda que os cuiabanos tenham “compaixão” por essas pessoas que aqui chegaram.
 
“Aqueles que são contra nosso pensamento, sinto muito. Somos transparentes, claros e temos obrigação de fazer o melhor para a nossa gente. Famílias, crianças, pessoas (pelo amor de Deus!), chegaram a Cuiabá buscando um horizonte e uma luz no final do túnel. Eu espero do fundo do coração que a população entenda esse momento de crise humanitária e tenha mais compaixão”, escreveu ela.
 
Ainda segundo Marcia, a ação do Município no sentido de ajudar os imigrantes não significa um privilégio em detrimento da  população local.
 
“Por aqui, a pessoa de baixa renda tem acesso aos nossos Cras e, automaticamente conseguimos ajudar de alguma forma. Essas pessoas não estão aqui por que querem, mas sim como fuga de uma crise nacional na Venezuela. Fogem da fome e da dor”, disse.
 
“Não estamos arrumando a vida delas e prejudicando a da nossa gente, estamos fazendo o possível para amenizar, de alguma forma, juntamente com muitas igrejas, organizações e pessoas lucidas que enxergam no outro a sua dor! Paz e Bem! Mais amor, por favor!”, concluiu a primeira-dama.
 
 

 

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