Aliado de Maggi, Luiz Antônio Pagot, descarta voltar ao DNIT
Pagot lembra que tem recusado convites para coordenar eleições nos últimos anos.
O ex-secretário de Estado, Luiz Antônio Pagot, descartou qualquer possibilidade de retornar ao comando do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), cargo que ocupou entre 2007 e 2011. O nome de Pagot voltou à tona após o PP, partido do ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, negociar o controle do DNIT, hoje comandado pelo general Antônio Leite dos Santos Filho.
Segundo informações da revista Crosué, a negociação passa pelo 'cacique' da sigla, Valdemar Costa Neto, que é um dos líderes do chamado Centrão, que dá sustentação ao governo Bolsonaro.
Conforme o apurou, o nome de Pagot é visto dentro do PP, como ideal para o cargo, por conta da sua experiência, e que isso sobressai ao fato do escândalo dentro do órgão que resultou na sua saída em 2011.
Apesar disso, Pagot afirma que não pretende deixar a iniciativa privada. "Apesar de ficar honrado com a lembrança, estruturei minha vida para consultoria de Portos, Navegação e Integração de Modais. Tenho atendido a diversos clientes com contratos de longo prazo, os quais não posso decepcionar. Portanto, não será possível", disse ao .
Pagot lembra que tem recusado convites para coordenar eleições nos últimos anos. "Algumas campanhas, até com boa proposta de remuneração, e não aceitei pra cumprir cláusula contratual", reafirma.
Luiz Antônio Pagot foi o homem forte dos governos Blairo Maggi, sendo secretário de Educação, Infraestrutura e Casa Civil. Com a aproximação de Blairo ao então presidente Lula (PT) em 2007 e, sob articulação do PL, que tinha Valdemar Costa Neto como cacique, foi indicado para o Dnit onde permaneceu até 2011, já na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Ele foi afastado após a revelação de esquema de corrupção que incluía superfaturamento de obras e recebimento de propina por alguns funcionários do Ministério dos Transportes e de órgãos vinculados à Pasta. Na ocasião, o então ministro Alfredo Nascimento, foi demitido. Meses depois, Pagot entregou o cargo.
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