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A nota enviada pelo Ministério da Educação (MEC) que sugere a filmagem dos alunos cantando o hino nacional, bem como a leitura de uma carta com o slogan utilizado na campanha do presidente Jair Messias Bolsonaro (PSL), é um atentado contra a própria democracia nas unidades escolares, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, destaca que o corpo docente e os gestores das escolas não irão seguir a sugestão do MEC. “As unidades já têm a sua rotina, que já incluem cantar o Hino Nacional. O que causa estranheza e revolta é a indicação de filmar os alunos cantando e ainda de ler a nota”. Conforme ele, o ideal seria fazer vídeos para mostrar as condições precárias que os professores e alunos enfrentam durante as aulas.   

A nota do MEC foi enviada no fim dessa segunda-feira (25) com um pedido de cumprimento voluntário para que fosse lida no primeiro dia letivo deste ano a seguinte carta: “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”. As últimas frases foram utilizadas pelo presidente Jair Bolsonaro ainda no processo de campanha eleitoral. 

No e-mail em que a carta foi enviada, pede-se ainda que, após a sua leitura, professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.

Além disso, solicita que um representante da escola filme (com aparelho celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do hino. De acordo com o MEC, a atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.