NOTÍCIA | PRISÃO DOMICILIAR

Riva deve voltar a cumprir prisão domiciliar no dia 03 de junho.

Ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso deve voltar a cumprir prisão domiciliar no início de junho

Por: Redação Boamidia
Publicado em 26 de Maio de 2020 , 08h04 - Atualizado 26 de Maio de 2020 as 08h10


José Riva - arquivo Show de Notícias

Faltam poucos dias para o ex-deputado estadual ex-mandachuva na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva, começar a cumprir em 3 de junho, a prisão domiciliar de dois anos por recorrentes crimes de colarinho praticados ao longo de 20 anos, período em que deu as cartas na política mato-grossense.

A branda condenação é o desfecho de sua delação ao Ministério Público Estadual (MP) homologada em 20 de fevereiro pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Marcos Machado.

Riva é a típica figura que quando cai, cai para cima. Enquanto durar a quarentena, que impõe isolamento social, ele ficará em casa, mas um dia após a pandemia do coronavírus deverá ganhar refresco judicial pra poder vender imóveis com os quais levantará recursos pra devolver R$ 92 milhões como parte da delação.

Esse é o principal capítulo da novela sobre a Era Riva, mas há outros episódios que também merecem destaque nesse enredo, como a ausência dos nomes de Chico Daltro, Eliene Lima e Juarez Costa na lista dos supostos delatados, amplamente divulgada pela Imprensa.

Como parte do acordo com o MP, Riva recebeu pena branda de quatro anos em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, mas já havia permanecido preso por dois anos, o que reduz sua sentença à metade. Ele também devolverá R$ 94 milhões, mas anteriormente entregou um avião de sua propriedade, avaliado em R$ 2 milhões, o que baixa o montante para R$ 92 milhões.

O ex-mandachuva teria sustentado apresentando vídeos, documentos e dados que no período de 1995 a 2014, quando reinou, teriam sido desviados R$ 175 milhões da Assembleia para pagamento de propina a deputados, e teria – segundo sites e jornais cuiabanos – relacionado 38 nomes dos supostos beneficiados. O acordo de delação e as investigações sobre os delatados são mantidos em segredo de justiça, mas fonte ligada ao caso sustenta que além dos supostamente apontados por Riva, haveria mais figuras tanto dos meios políticos quanto empresariais e da Comunicação.

Órgãos de Imprensa divulgaram uma lista com 38 nomes e valores supostamente recebidos por cada um. Nela, os deputados estaduais Romoaldo Júnior (MDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Carlos Avalone (PSDB), Sebastião Rezende (PSC) e Nininho (PSD); o prefeito de Cuiabá e ex-deputado estadual Emanuel Pinheiro (MDB); o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual, Guilherme Maluf; o procurador do Estado e ex-deputado estadual Alexandre Cesar; o ex-presidente da Assembleia e ex-governador Silval Barbosa; os ex-deputados estaduais e conselheiros do TCE, Humberto Bosaipo (aposentado) e Sérgio Ricardo (afastado judicialmente); e os ex-deputados estaduais Mauro Mauro Savi, José Domingos Fraga, Walace Guimarães, Percival Muniz, Daltinho, Ademir Brunetto, João Malheiros, Nilson Santos, Gilmar Fabris, Luciane Bezerra, Maksuês Leite, Walter Rabelo e Hermínio Barreto (ambos falecidos), Luiz Marinho, Zeca Viana, Ezequiel Fonseca, Baiano Filho, Teté Bezerra, Luizinho Magalhães, Neldo Weirich, Carlos Azambuja, Chico Galindo, Airton Rondina, Wagner Ramos, Pedro Satélite, Dilceu Dal’Basco e Chica Nunes.

A fonte ligada ao caso revela que alguns nomes não foram relacionados pela Imprensa, que teria divulgado uma lista seletiva, e cujos citados alegam inocência. Teriam sido poupados os ex-deputados estaduais Chico Daltro, Eliene Lima e Juarez Costa (MDB). Dela, também, segundo  a fonte,  fariam parte os ex-governadores Dante de Oliveira (falecido) e Blairo Maggi, e empresários. A mesma fonte assegura que operações policiais estariam montadas para passar a delação a limpo (cumprindo mandados de busca e apreensão e prisões de delatados), mas a pandemia mudou, temporariamente, o curso dos acontecimentos.

Daltro era carne e unha com Riva

Riva e Chico Daltro formavam aquilo que se chama carne e unha tanto na Assembleia, onde exerceram mandatos, quanto em outras áreas política. Riva liderou a formação do PSD em Mato Grosso, e foi graças ao volume de filiados que arrastou para o partido em formação que permitiu seu reconhecimento pela Justiça Eleitoral, conforme disse à época, numa coletiva em Cuiabá, seu líder nacional, Gilberto Kassab.

Daltro foi escolhido pelo ex-mandachuva pra presidente regional do partido. Pouco antes, quando Riva e Daltro eram filiados ao PP, o mandachuva indicou Daltro para compor enquanto vice, a chapa de Silval Barbosa (PMDB) ao governo, em 2010. Daltro não tem o nome da lista dos 38

Eliene Lima também foi carne e unha com Riva. Deputado estadual, com apoio do ex-mandachuva, Eliene se elegeu e se reelegeu deputado federal e foi secretário de Estado. Envolvido em vários escândalos, Eliene há muito tempo é enrodilhado pela Justiça, mas seu nome não consta na lista dos 38.

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