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Valorização do dólar acelera vendas do grão

O avanço da taxa de câmbio está ajudando a dar vazão ao que ainda não havia sido vendido da safra 2017/18

Por: MARIANNA PERES
Publicado em 23 de Maio de 2018 , 09h35 - Atualizado 23 de Maio de 2018 as 09h40


O lado bom da valorização do dólar, que é a melhora dos preços pagos ao produtor, se confirmou nesse mês, em Mato Grosso. O avanço da taxa de câmbio está ajudando a dar vazão ao que ainda não havia sido vendido da safra 2017/18, e melhor, abriu o canal de negociações das primeiras toneladas do grão do novo ciclo, 2018/19, registrando a maior movimentação de vendas a termo do período dos últimos cinco anos, chegando a quase 14% do total estimado. 

Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam para uma nova safra de 32,31 milhões de toneladas (t), das quais 13,97% já estão vendidas de forma antecipada até meados desse mês. “O mercado iniciou os primeiros reportes. A comercialização do novo ciclo começou acelerada e o total contabilizado até a última sexta-feira (18), atingiu a máxima das últimas cinco safras. Esta evolução deve-se, principalmente, à valorização da oleaginosa, cujo preço médio foi de R$ 68,95 a saca, aumento de 23,5% se comparado com o do início das vendas da safra atual”, explicam os analistas do Imea. 

Ainda como destacam, analisando todo o cenário - desde mercado climático (promovido pelo início da safra nos Estados Unidos), câmbio, CME (Bolsa de Chicago) e embate comercial entre EUA e China – para os próximos meses, “o produtor deve estar atento para realizar as melhores negociações, garantindo travamento dos custos da próxima safra”, até porque o mesmo dólar que valoriza a saca é o mesmo dólar que encarece o custo de produção e por isso, saber aproveitar o momento, garantindo o mínimo retorno financeiro, é essencial. 

Além das primeiras travas da nova safra, a valorização da taxa de câmbio está fomentando o mercado do grão disponível, aquele remanescente da safra 2017/18. A comercialização apresentou melhoras nos preços da oleaginosa no último mês, puxadas pelo prêmio nos portos e taxa de câmbio, favorecendo as negociações da oleaginosa por todo Estado. Com esse ‘up’ do mercado, o volume vendido da atual safra atinge 79,68% das mais de 32,52 milhões toneladas colhidas. 

AVANÇO - “O dólar registrou um avanço de 2,93%, fechando a semana passada com média de R$ 3,69/US$, influenciado pela economia norte-americana e a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic a 6,5% ao ano”, destaca o Imea. 

Os analistas acrescentam ainda que desde meados de janeiro o dólar vem em uma crescente alta, e, por exemplo, abriu o maio com patamares importantes que não eram vistos desde meados de 2016. 

Esta elevação na taxa de câmbio vem contribuindo com o aumento das cotações de soja no Brasil, no entanto, “nem tudo são flores”, pois a mesma taxa que favorece também pode pesar sobre os custos de produção das lavouras da próxima safra. “Assim, além dos trabalhos do cotidiano, o produtor deve estar ‘antenado’ a todo este cenário, pois, além do mercado internacional, no segundo semestre deste ano haverá eleições presidenciais, que, dependendo do panorama, podem trazer grandes incertezas e movimentação ao mercado”. 

 

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