NOTÍCIA | TIROTEIO

Agente passa por cirurgia no fêmur, enfermeira vai para casa e bebê está na UTI após tiroteio na UPA

Agente passa por cirurgia no fêmur, enfermeira vai para casa e bebê está na UTI após tiroteio na UPA

Por: Olhar Direto - Isabela Mercuri
Publicado em 14 de Fevereiro de 2018 , 10h25 - Atualizado 14 de Fevereiro de 2018 as 10h37


Rogrio Florentino Pereira/ Olhar Direto

O agente prisional D. de P., baleado no final da tarde da última terça-feira (13) durante um tiroteio na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Morada do Ouro, passou por uma cirurgia na perna, para retirada da bala, que atingiu seu fêmur. A informação foi passada pela irmã dele - que por medida de segurança não será identificada – ao Olhar Direto. Segundo ela, o estado de saúde do agente é estável, mas ele chegou a ficar algumas horas aguardando atendimento no corredor do Pronto Socorro.

“Eu não sei precisar quanto, mas ele ficou um tempo muito estendido aguardando atendimento no corredor, antes de ser encaminhado ao quarto andar do Pronto Socorro”, declarou, na manhã desta quarta-feira (14). Na terça, logo após o fato, ela chegou a lamentar a precariedade do atendimento. “Agora ele está fora de risco, mas está ali no corredor do Pronto Socorro, que é outra situação lamentável. Pode entrar e conferir, [ele está] esperando para fazer um procedimento para retirar a bala, e os demais eu não sei. Vai tirar um raio-x, parece que tem procedimento pra fazer, mas agora está estável”, disse.

O agente foi uma das cinco vítimas baleadas na UPA por volta das 17h, durante uma suposta tentativa de resgate ao detento José Edmilson Bezerra Filho, de 30 anos. Além dele, ficaram feridos o bebê V.H.C., de seis meses (uma perfuração nas costas e 1 na mão), ‎Estefani de Camargo Santos, de 22 anos (uma perfuração no braço esquerdo (mãe da criança), ‎Dayana da Silva Romao, que recebeu um disparo no tórax, e a enfermeira ‎Rosimere Sousa da Silva, 51 anos, atingida com um disparo na perna.

Segundo a irmã do agente, ela foi informada no final da tarde de que havia acontecido um atentado e que seu irmão estava entre as vítimas. Para ela, houve uma falha na segurança. “Hoje infelizmente três agentes prisionais foram pra lá pra fazer a escolta desse preso, e acontece esse fato. É lamentável, porque cinco pessoas foram baleadas, e quando nós chegamos lá tinha seis camburões da PM. [Só] depois de o fato ter ocorrido, né? Então eu acho que é uma falha muito grande, ser só depois de o fato ter acontecido. Porque não escoltaram lá, a PM não foi lá junto?”, questionou.

Outras vítimas

A enfermeira Rosimere Sousa da Silva, 51 anos, que levou um tiro na perna durante o tiroteio, já está em casa. A mãe dela, Maria de Souza, falou com jornalistas na noite de terça (13), e disse que sua filha já trabalhava há muitos anos na UPA. “Nunca pensei que fosse acontecer uma coisa dessa, mas ali na UPA de tudo pode esperar, porque ali é perigoso demais”, disse.

Segundo informações da Polícia Militar, o bebê V.H.C., de seis meses, que recebeu uma perfuração nas costas e uma na mão, está na UTI para observação, e as outras vítimas estão internadas e sob cuidados médicos.

Outro lado

A Secretaria Municipal de Saúde negou que o agente penitenciário tenha ficado nos corredores do Pronto Socorro. Em um áudio, o agente também afirma que não aguardou no corredor. Leia a íntegra da nota:

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que os atendimentos aos cinco feridos do incidente na Unidade de Pronto Atendimento 24horas UPA Morada do Ouro, foram  totalmente acompanhados pela SMS, inclusive pessoalmente pela secretária Municipal de Saúde, Elizeth Araújo, pela secretária adjunta Dubia Beatriz, assessoria e toda a equipe médica do PS.

Em nenhum momento o paciente citado esteve alojado nos corredores do PS, exceto quando precisou ser locomovido para a realização de exames. Todos os pacientes foram amplamente atendidos nas salas de estabilizações, amarela e vermelha e, quando necessário nos centros cirúrgicos e, após isso, os que necessitaram foram encaminhamos para a UTI do próprio Pronto Socorro.

Além disso, cabe ressaltar que as vítimas, especialmente o agente estavam o tempo todo sendo acompanhados por equipes da Secretaria de Justiça (Sejud), Polícia Militar e Civil. Ambos faziam e ainda fazem a segurança do local, não permitindo a entrada de pessoas não autorizadas no âmbito das internações dos feridos. Isso foi feito durante os atendimentos na presença da secretária de Saúde e continuará sendo feito para garantir a segurança das vítimas que ainda estão no local.

Cabe reforçar que todos os pacientes receberam os atendimentos necessários com o máximo de atenção das equipes médicas e nenhum deles, a priori, corre risco de morte. Inclusive, alguns deles já receberam alta hospitalar. Apenas dois casos são considerados graves para a equipe médica sendo eles a criança de seis meses que está sob os cuidados da equipe na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e uma mulher de 33 anos que também está na UTI. Para a segurança das vítimas não divulgaremos os nomes.

*Colaborou Rogério Florentino Pereira

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