Operação cumpre 5 mandados de prisão contra fraudes na Sema
Essa é a 4ª fase da operação da Polícia Civil, que visa combater crimes ambientais diversos
A Polícia Civil cumpre cinco mandados de prisão preventiva contra pessoas envolvidas em fraudes na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) na manhã desta quarta-feira (12), durante a 4ª fase da Operação Polygonum.
As investigações são feitas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e o Ministério Publico Estadual, com apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Os mandados de prisão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, tendo como relator o desembargador Orlando de Almeida Perri.
A Operação Polygonum apura esquema no sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais e instrumentalizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Primeiras fases
Mais de 20 pessoas foram presas durante as três primeiras fases da Operação Polygonum. Apenas na última etapa, na semana passada, nove mandados de prisões temporárias foram cumpridos, além de 12 mandados de busca e apreensão.
O primeiro preso na operação, em agosto deste ano, foi o então superintendente de Regularização e Monitoramento Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), João Dias - que voltou a ser preso na segunda fase da Polygonum, em setembro.
Ainda na Sema, foram apreendidos dezenas de documentos e processos, além do espelhamento da base de dados do órgão ambiental. O material está sendo analisado por uma equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e por analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ação proposta
Segundo o MPE, já foi proposta ação penal contra seis investigados - incluindo duas empresas de consultoria ambiental - pela prática de crimes ambientais (como desmatamentos ilegais, falsificações e inserções de dados falsos em procedimentos ambientais) e por organização criminosa.
De acordo com o órgão, o esquema funcionava de pelo menos três formas diferentes: por meio do deslocamento de polígonos; mediante o desmembramento de propriedades; e por meio de “fraudes em tipologia” - quando o proprietário contrataria um engenheiro para fraudar relatórios ambientais.
Cadastros sob suspeita
Ao todo, são investigados 595 Cadastros Ambientais Rurais por suspeita de terem sido fraudados.
Na 3ª fase da fase da operação, o Ibama identificou fraudes em diversos cadastros, que foram aprovados pela Sema de forma ilegal, segundo o MPE.
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